A Luz Solar
Luz solar desencadeia calor estonteante
Causa brilho à vista de qualquer um
Purifica as paisagens em lado algum,
Inverte o semblante.
Em todo o caso faz-me ter frio do calor,
Suscita o fabuloso cheiro desta flor,
Amarga no interior mas doce no latifúndio,
Que é a vida do martírio
Entre o fumo sísmico e a queimadura colossal
Percorre-me o ambiente gélido do ar,
Cá baixo está um homem a cantar:
A música desigual!
Candidaturas pressionadas pelo desprezo
Embarcações perdidas,
Jamais serão achadas,
Tal como este pensamento que prezo.
Pobre mente tão triturada,
Pelos seus devaneios.. Pelos próprios devaneios!
Treme-me a vista. O corpo é d’um cativeiro.
Dali já não há personalidade embriagada.
Rugas que penetram as vozes coração,
Espalham-se-lhe as calúnias por infâmias,
Sobe-lhe o sangue à cabeça numa oração,
Tudo pelas longas astronomias!
Álvaro Machado - 08-03-2012 / 15:08
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